quinta-feira, 8 de outubro de 2009

200% é o aumento das queimadas

Registros de queimadas em Manaus aumentam quase 200% em um ano

O número de ocorrências de incêndio em áreas florestais de Manaus saltou de 22, em todo o mês de setembro do ano passado, para 156, apenas nos primeiros oito dias deste mesmo mês em 2009. De janeiro a agosto deste ano, o Corpo de Bombeiros do Amazonas registrou 443 focos, contra 226 no mesmo período do ano passado.

O comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Antônio Dias, explicou que a queima de lixo residencial é a principal origem dessas queimadas. Por causa da falta de chuvas e das altas temperaturas, a queima de lixo pode se transformar em um grande incêndio, sobretudo em áreas de vegetação farta e seca. As queimadas ocorrem, segundo Dias, tanto em áreas particulares quanto em públicas.

Alexander Lees/Science

Floresta queimada na Amazônia; queimadas em Manaus aumentam cerca de 200% em um ano, principalmente com lixo residencial
"Como o solo está extremamente seco, o fogo se expande rapidamente. Às vezes, uma ponta de cigarro jogada sobre essas áreas pode gerar um fogo imenso."

O aumento das queimadas na cidade intensificou-se em agosto, quando os bombeiros tiveram que atender a 200 chamados da população. Em relação ao mesmo período de 2008, o número de ocorrências aumentou 240%. Apenas ontem (10) foram registradas 26 ocorrências.

Uma grande neblina formada por fumaça e poeira cobriu o céu de Manaus nesta sexta-feira (11). De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não chove em Manaus há 30 dias. As causas estão relacionadas ao fenômeno El Niño --aquecimento das águas do oceano--, à concentração de poeira provocada por obras da construção civil, aos gases dos veículos e, também, às queimadas.

"Uma grande neblina pode ser vista praticamente de toda a cidade de Manaus. Ela resulta de queimadas e poeira", explicou o chefe do setor de Previsão Meteorológica do Inmet, Veríssimo Farias de Assis.

Nos últimos dias, Manaus tem registrado muito calor e sol forte. Em alguns pontos da cidade, termômetros marcaram 40 graus Celsius. A média tem sido de pelo menos 36 graus Celsius, segundo o Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u622654.shtml

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