sexta-feira, 9 de abril de 2010

Inflação deve fechar o ano em torno de 4,5%, afirma Mantega

Inflação deve fechar o ano em torno de 4,5%, afirma Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira 08/04 que a inflação deverá fechar o ano próxima do centro da meta do governo, de 4,5%.

Segundo ele, os 2% acumulados desde janeiro foram puxados por aumentos sazonais (alimentos, tarifas de ônibus e mensalidades escolares) e o índice deverá cair a partir de agora.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) --índice oficial do país-- registrou alta de 0,52% em março, mais baixa do que a de fevereiro (0,78%). Nos últimos 12 meses, o índice, divulgado hoje, acumula variação de 5,17%, bem acima da meta anual. No caso dos serviços, a inflação de março foi de 0,72% no mês passado e 6,8% entre abril de 2009 e março de 2010.

Mantega negou que o Brasil esteja vivendo uma inflação de demanda - causada pelo aumento do consumo sem o acompanhamento da oferta.

"A indústria tem capacidade de responder a toda a demanda. Na falta de produção interna, temos as importações, que são livres. Elevação de preços é nos serviços. Mesmo assim há uma elevação normal porque estamos em um ano de crescimento. Inflação está sob controle e está descendente", disse, após reunir-se com industriais gaúchos.

Aço

No Rio Grande do Sul, Mantega ouviu os temores de empresários sobre uma possível alta nos preços do aço, insumo básico do parque industrial, e disse que o governo monitora o preço do setor. Segundo ele, não há razão para uma alta do aço porque a demanda não é superior à capacidade da indústria siderúrgica.

Mantega disse ainda que o governo deverá anunciar nas próximas semanas um pacote de medidas para estimular as exportações entre elas, a criação do Eximbank, uma subsidiária no BNDES para oferecer crédito a exportadores, e de um fundo garantidor das operações de comércio exterior para reduzir o custo do financiamento de exportações. Ele não deu números do fundo e do Eximbank porque ainda estão em estudo.

Agricultores nordestinos

O ministro comentou também que não há nenhuma definição sobre um perdão para agricultores nordestinos que devam até R$ 10 mil para o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste do Brasil. A medida é cobrada por senadores do Nordeste e deveria beneficiar mais de 200 mil pequenos produtores que têm débitos com o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste. O custo estimado é de R$ 1 bilhão.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u718144.shtml

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