segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Oposição acusa governo de aparelhar politicamente setor elétrico

Oposição acusa governo de aparelhar politicamente setor elétrico

A oposição acusa o governo de aparelhamento político do setor elétrico, o que teria impedido a adoção de medidas preventivas ao apagão. "Talvez, se os membros do governo não tivessem se dedicado tanto tempo a fazer acomodações incorretas no fundo de pensão de Furnas, no famoso Real Grandeza, se não tivessem perdido tanto tempo nessa acomodação imprópria, nessa acomodação política, poderiam ter se dedicado a medidas preventivas que evitariam esse apagão", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), do partido de Lobão, reconheceu que a indicação política para o cargo o levou a minimizar as consequências do apagão.

"Nosso correligionário, o ministro de Minas e Energia, mostrando uma ingenuidade fantástica, disse que o apagão foi por causa de um raio, que está encerrado o assunto e não se fala mais nisso. Claro que sua excelência não é um técnico, não é uma pessoa entendida na matéria. Se fosse, entenderia que os técnicos do Ministério de Minas e Energia não podem dizer: não se fala mais nisso. É preciso que se dê uma explicação completa sobre o que acontece", cobrou Simon.

Em meio à divisão política do setor que acabou exposta depois do apagão, parlamentares petistas afirmaram que o PMDB está no comando dos cargos-chave da área no momento em que o apagão atingiu o governo Lula. A estratégia seria, segundo peemedebistas, distanciar o apagão da ministra Dilma par evitar danos à sua candidatura ao Palácio do Planalto.

Para o senador Delcídio Amaral (PT-MS), discutir as indicações política no setor é simplificar o problema. "Indicação política sempre ocorreu, nesse ou naquele governo, mas existem indicações políticas de pessoas técnicas, com currículo. Agora, o que precisa ficar claro é que o problema que ocorreu nesta semana foi uma questão técnica e não foi provocado por nenhuma indicação política. Não se pode simplificar as discussões. Foi uma falha no sistema de potência, o que é uma operação do dia a dia. Eu falo isso porque já vivi isso quando fui chefe de usina. Esse foi um problema no chão da fábrica que não se pode politizar", disse.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u652118.shtml

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