terça-feira, 17 de novembro de 2009

PT e PMDB comandam maiores estatais do setor elétrico

PT e PMDB comandam maiores estatais do setor elétrico

O setor elétrico, que ganhou destaque nesta semana após o apagão que atingiu 18 Estados do país, se transformou nos últimos anos em um reduto de disputa política entre PT e PMDB. Fiel aliado do Palácio do Planalto, o PMDB conquistou cargos-chave do setor, como o comando do Ministério de Minas e Energia e das estatais Furnas e Eletrobrás.

PT e PMDB comandam maiores estatais do setor elétrico.

Apesar de a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ter ocupado o ministério no início do governo Lula, o PMDB ganhou espaço no setor à medida que se tornou o principal partido de sustentação do governo federal no Congresso --onde tem as maiores bancadas tanto na Câmara quanto no Senado.

A disputa envolve o controle do maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, estimado em R$ 80 bilhões, somando os recursos do Ministério de Minas e Energia e das estatais. O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) assumiu o cargo como afilhado político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Além do ministério, o PMDB também comanda presidência de Furnas, com Carlos Nadalutti Filho --indicado pela bancada do partido na Câmara. A Eletrobrás, também estatal do setor elétrico, tem como presidente Antonio Muniz Lopes, que recebeu o apoio de Sarney e do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) para indicação ao cargo. Na Eletronorte, a presidência foi entregue a Jorge Nassar Palmeira, que também faz parte do grupo de Sarney.

O PMDB também emplacou o comando da Fundação Real Grandeza, fundo de pensão dos funcionários de Furnas, após forte pressão de deputados peemedebistas que defendiam o seu controle. O fundo tem uma carteira de investimentos da ordem de R$ 6,5 bilhões, além de 12.500 associados, se tornando o 11º maior fundo brasileiro de previdência privada fechada.

O PT, por sua vez, mantém o controle de cargos técnicos do setor elétrico. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, conta com o apoio direto de Dilma no cargo. Mesmo com o controle da pasta nas mãos do PMDB, cabe ao secretário-executivo dar rumo técnico às ações do ministério.

O comando de Itaipu binacional também está nas mãos do PT, cujo presidente, Jorge Samek, foi indicação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na presidência da Aneel, o PT emplacou Nelson Hubner --que já foi chefe de gabinete de Dilma Rousseff entre 2003 e 2005, quando ela esteve no comando do Ministério de Minas e Energia.

Na cota do PT, estão ainda cargos de segundo escalão, como diretores da Eletrosul e da Eletrobrás ligados a parlamentares petistas como Ideli Salvatti (PT-SC) e Antônio Palocci (PT-SP).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u652115.shtml

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