terça-feira, 2 de junho de 2009

Senadores governistas impedem começo da CPI da Petrobras

Piero Locatelli - Do UOL Notícias - Em Brasília
Senadores da base governista não compareceram ao plenário onde ocorreria a primeira sessão da CPI da Petrobras e impediram o começo dos trabalhos nesta terça-feira (2).
O senador Paulo Duque (PMDB-RJ) foi o único governista a comparecer. Responsável por abrir a sessão porque é o senador mais velho, ele esperou 15 minutos depois do horário previsto para a abertura (14h) e foi embora. A praxe da Casa, onde os atrasos são comuns, é esperar mais tempo para o início da sessão - que ainda poderá ser aberta hoje.

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou que a oposição não tem "nada a fazer" para mudar a situação. São necessários seis senadores para abrir a sessão, mas a oposição tem somente três titulares.

Segundo a líder do governo no Senado, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), a obstrução ocorreu devido às negociações em torno da CPI das ONGs. Na semana passada, a oposição ocupou a relatoria das ONGs após a saída de Inácio Arruda (PC do B-CE) para entrar na CPI da Petrobras. O cargo foi então tomado pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio.

Os governistas dizem querer resolver um acordo na CPI das ONGs antes de decidir os problemas da Petrobras. "Precisamos esperar o que vai acontecer com a CPI das ONGs, isso precisa ser clarificado," afirmou Salvatti.

No momento, líderes da base governista estão reunidos fora do plenário para chegar a um acordo sobre a relatoria e a presidência da comissão da Petrobras.

Senadores da oposição protestaram contra a atitude. "É inadmissível que a bancada do governo esteja fazendo isso. Se eles não estão se entendendo, nós não temos nada a ver com isso", disse o senador ACM Júnior (DEM-BA). Estiveram no plenário os tucanos Álvaro Dias (PR), Sérgio Guerra (PE) e o líder da bancada Arthur Virgílio (AM).

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